Setores como atividades recreativas, serviços pessoais e alojamento serão os mais afetados pelo aumento de impostos proposto, de acordo com pesquisa da CNC.
No dia 23 de junho, um projeto de reforma tributária foi apresentado no Congresso Nacional com impacto significativo no comércio e setores de serviços. Segundo análise divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o projeto substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição propõe aumentos nas taxas, impostos e contribuições.
A CNC destaca que as empresas enquadradas no Simples Nacional, especialmente no setor de serviços, poderão enfrentar aumentos alarmantes nas alíquotas tributárias, alcançando até 261%.
Os segmentos mais afetados serão aqueles ligados a atividades recreativas e culturais (171%), serviços pessoais (160%), seleção, agenciamento e locação de mão de obra (157%), serviços de alojamento (153%), além de serviços para edifícios e atividades paisagísticas (145%).
A pesquisa da CNC também aponta possíveis aumentos acima de 100% nos serviços de escritório, serviços técnico-profissionais, serviços financeiros, seguros e previdência complementar, além de vigilância, segurança e transporte de valores.
O impacto dos impostos também atingirá os empresários do setor de comércio. Os varejistas e atacadistas de calçados, por exemplo, poderão enfrentar um aumento na alíquota de 41,2% e 37,3%, respectivamente.
Já os atacadistas de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico terão um aumento de 32,2%, enquanto os setores de varejo de vestuário (31,8%) e varejo de tecidos (31,4%) também serão prejudicados. A Confederação ressalta que haverá um aumento de 20% nas alíquotas para papelarias, revendedores de artigos esportivos, produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, odontológicos e veterinários, bem como lojas de móveis e decorações.
Por outro lado, a pesquisa da CNC destaca que a proposta de reforma tributária trará benefícios para alguns setores. O setor de peças para veículos terá uma redução de alíquota de 18,6%. O varejo de supermercados e hipermercados poderá contar com uma diminuição de 23,9%, enquanto o comércio por atacado terá uma queda de 34,7%.
Os setores de veículos automotores e atacado e varejo de combustíveis e lubrificantes serão beneficiados com alíquotas negativas, atingindo 56,5% e 65,5%, respectivamente.
Fonte: Portal Contábeis